Os desafios da prematuridade para as equipes assistenciais e familiares

A prevenção da prematuridade é uma discussão que se inicia antes mesmo de uma gestação. O tema é relevante na sociedade e impacta muitas famílias no Brasil. Segundo dados do ministério da saúde, mais de 340 mil crianças nascem prematuras todos os anos no país. Esse número mostra a importância dos cuidados e das estruturas neonatais modernas, com equipes preparadas e de prontidão, para dar suporte aos recém-nascidos.

Na Rede Mater Dei de Saúde, a vocação em prestar a melhor assistência ao paciente ocorre em todas as fases da vida, para isso a UTIP (Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica), possui profissionais especializados no cuidado ao recém-nascido prematuro. Hospitais modernos, tecnologia de ponta e humanização são diferenciais para tratar a prematuridade que impõe muitos desafios.

“A pergunta dos pais quando veem o prematuro é: Quanto tempo ele vai passar internado no hospital? Infelizmente não temos resposta para essa pergunta, pode variar muito. Precisamos garantir uma nutrição adequada, respiração satisfatória, exames como raio-x e ecocardiograma quando necessários, é uma evolução constante”, destaca Luiza Milhorato enfermeira coordenadora da UTIP no Hospital Mater Dei Betim-Contagem.

Tudo é importante para que o neonato vença a prematuridade, desde um acesso até o manuseio por alguma necessidade, todo procedimento deve ser realizado com cautela e técnica. “Qualquer movimento pode lesar o paciente, o médico, o técnico e o enfermeiro da UTIP devem ter um olhar minucioso para o prematuro, identificando qualquer instabilidade para agir com excelência, uma vez que eles não verbalizam, esse tato é muito importante”, ressalta Luiza.

A troca de informações entre os profissionais é super relevante para que o paciente consiga progredir de forma saudável. Uma das ações praticadas pela Rede Mater Dei é a corrida de leito, momento diário onde toda a equipe assistencial discute caso por caso, passando por todos os pacientes. Médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais da saúde se reúnem para alinhar todo o planejamento terapêutico.

“A nossa comunicação é a chave de ouro, decidimos em conjunto as melhores condutas para os meninos, até mesmo os pais percebem esse trabalho em equipe. Quando fazem elogios, são para vários profissionais, não é direcionado a um só profissional, isso endossa a parceria da equipe médica e de enfermagem”, analisa Flávio Campos, pediatra especialista no cuidado neonatal e coordenador médico da UTIP Mater Dei Betim-Contagem.

O mais importante no cuidado a um recém-nascido prematuro é garantir que ele tenha alta do hospital, saudável e sem sequelas causadas pela prematuridade, mesmo que o período de internação seja longo e difícil. Pai de uma menina que nasceu com 26 semanas, André Ferreira conta sua experiência na UTIP que durou nove meses.

“Tenho muito a agradecer, minha filha Ana Vitória passou por nove cirurgias, muitos meses internada e graças a Deus e ao profissionalismo de todos da equipe multidisciplinar da UTIP do Mater Dei Betim-Contagem, hoje ela está bem, com um ano e dois meses, em casa, saudável. Acreditei que minha filha não sobreviveria, mas vi que seria possível depois de tudo que acompanhei no hospital”, enfatiza André.

Atuar no cuidado às crianças de forma geral requer muito conhecimento, carinho e uma grande sensibilidade. Em alguns momentos o trabalho não fica restrito às paredes do hospital. “É difícil desligar, às vezes durante a noite, em casa, vejo resultado de exames, ligo para a equipe, existe um carinho grande e uma preocupação com os nossos pacientes”, conta Flávio.


Um desafio importante é prestar apoio não só aos pacientes e a família, mas também, à equipe que atua na assistência. “Coordenar uma equipe qualificada e engajada é o que me motiva, tenho um papel grande aqui, procuro ser uma coordenação que não fica na cadeira, que atua junto com os profissionais, pois isso contribui com os resultados, nossos indicadores são muito bons e isso é reflexo do nosso trabalho”, conclui Luiza Milhorato.

https://www.materdei.com.br/blog/os-desafios-da-prematuridade-para-as-equipes-assistenciais-e-familiares